09 – O que já saiu nos jornais

12/10/2012 – 08h00

Moradores da Vila Prudente protestam contra centro de apoio do Metrô nas vizinhanças

VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

Depois de verem frustradas suas expectativas de ganhar uma área verde no lugar do canteiro de obras da estação que ficou pronta, moradores estão usando placas e cartazes para protestar. Nelas, a frase “um absurdo da engenharia do Metrô: Vila Prudente vira canteiro de obras da Vila Mariana”.

Os vizinhos do antigo canteiro de obras da estação Vila Prudente protestam contra a transformação da área –que ficou fechada com tapumes por mais de quatro anos–, em centro de apoio das obras das estações Santa Cruz e Chácara Klabin, da Linha 5-lilás do Metrô.

João Antônio Benine/Divulgação
Cartazes contra o metrô foram colocados em casas próximas ao antigo canteiro de obras da Estação Vila Prudente, na zona leste
Cartazes contra o metrô foram colocados em casas próximas ao antigo canteiro de obras da Estação Vila Prudente

Marilena Katafay, 64, afirma que, antes de comprar sua casa no local, esteve no escritório do Metrô na região para saber o que seria feito com o terreno. “Tinha um projeto, com um desenho, mostrando que ia ser concretado, ajardinado. Não só eu como toda a vizinhança esperava um área verde”.

“Fizemos abaixo-assinado. Queríamos um canteiro de plantas e não outro canteiro de obras”, desabafa Ana Cassini, 76, que mora a poucas ruas do terreno da rua Tomás Izzo, na região da Vila Prudente (zona leste). Ela afirma que durante a obra, e nos dois anos em que o terreno ficou fechado sem qualquer uso, aumentou a ocorrência de assaltos, pois a área ficava mais deserta à noite após a desapropriação feita pelo Metrô.

“Eles não fariam isso em um bairro nobre. Fazem aqui porque é a zona leste”, reclama Antônio Benine, 64.

Agora os moradores estão em contato com a Defensoria Pública para tentar reverter a situação.

João Antonio Benine/Divulgação
Terreno que funcionou como canteiro de obras da estação Vila Prudente do Metrô e será usado agora como centro de apoio para a construção de estações da linha 5-Lilás.
Terreno que funcionou como canteiro de obras e será usado como centro de apoio para a construção de estações da linha 5-Lilás.

A Companhia do Metrô informa que já implantou um parque linear na rua Aida, que fica na vizinha Vila Carioca, logo após a conclusão das estações Tamanduateí e Vila Prudente da Linha 2-Verde. “As áreas citadas pelos moradores serão usadas como canteiro de apoio para execução de atividades para as obras de expansão da Linha 5-lilás, […] essencial para toda a população da Região Metropolitana de São Paulo. No local serão construídos escritórios, refeitório, ambulatório e carpintaria. Quando for concluída a obra, em 2015, o Metrô vai estudar, em conjunto com a comunidade, a melhor destinação para o terreno”.

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G1 – 0,,MUL1269913-5605,00.html

Serra inaugura obras de expansão do Metrô na Zona Sul de São Paulo

17/08/09 – 15h21 – Atualizado em 17/08/09 – 15h43
Serra inaugura obras de expansão do Metrô na Zona Sul de São Paulo.Prevista para terminar em 2012, obra ligará Linha 5-Lilás à Linha 2-Verde.
Segundo o Metrô, 640 mil passageiros deverão ser atendidos diariamente.
Paulo Toledo Piza
Do G1, em São Paulo

Serra inaugura obras de expansão do Metrô na Zona Sul de São Paulo (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
O governador de São Paulo, José Serra, inaugurou nesta segunda-feira (17) o canteiro de obras da futura estação Adolfo Pinheiro do Metrô de São Paulo. A obra é o passo inicial do prolongamento da Linha 5-Lilás, que irá ligar o Largo 13 à estação Chácara Klabin, da Linha 2-Verde.

A previsão é que a obra termine em 2012. Conforme o Metrô, a média de passageiros atendidos diariamente pela Linha 5 deverá saltar dos atuais 125 mil para 640 mil.

Em evento que contou com a presença do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do secretário de estado dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, além de políticos e representantes de moradores da região de Santo Amaro, foi celebrada a expansão do transporte público na Grande São Paulo.
Para Portella, os trabalhos junto à Linha 5, a expansão da Linha 2 e a conclusão da Linha 4-Amarela farão com que, nos próximos anos, a cidade de São Paulo tenha um transporte público próximo do ideal. “O Horto Florestal ficará perto da Guarapiranga; Cidade Tiradentes, do Hospital das Clínicas; e o Capão Redondo, da USP [Universidade de São Paulo]”, previu. “A cidade vai ser de todos”, completou.

A Linha 5 irá atender aos moradores e trabalhadores da região de Santo Amaro, do Brooklin, do Campo Belo, do Ibirapuera, de Moema, da Vila Clementino e da Vila Mariana. O investimento nas obras será de R$ 5 bilhões, conforme o Metrô.

Serra afirmou que o objetivo da expansão do Metrô é melhorar a vida dos trabalhadores. “O problema de transporte na Zona Sul é gravíssimo”, disse. Além de mencionar as melhorias do Metrô, lembrou outras obras que deverão melhorar o fluxo não só na cidade, como na Grande São Paulo. “Vamos investir na Marginal Tietê”, prometeu. Em seguida, citou as obras do Rodoanel Mário Covas, a criação de ciclovias e a melhoria da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

Após discursar, deu o “pontapé inicial” nas obras ao retirar um monte de terra do canteiro usando uma retroescavadeira. Em seguida, posou ao lado de dezenas de trabalhadores para uma foto.

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Serra inaugura obras de expansão do Metrô na Zona Sul de São Paulo (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)

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TV Bandeirantes – Programa Boa Tarde – Silvia Popovic – matéria exibida em 09/6/2009

Jornal Ipiranga News

V. Mariana vai a Justiça contra
obras de expansão do metrô

A Associação de Moradores da Vila Mariana (AMAVM) pretende mover uma ação civil pública contra as obras de expansão da Linha 5 – Lilás do Metrô. A entidade questiona o projeto da obra, que passaria por locais tombados historicamente, e ainda aponta divergências quanto às áreas de escape e ventilação entre as estações. Além disso, os moradores estão preocupados com o andamento das obras, que deve alterar a rotina da região.

Segundo Oswaldo Luiz Baccan, presidente da Associação de Moradores da Vila Mariana, o projeto utilizaria uma área tombada, e outra em processo de tombamento. “Um terreno ao lado da Casa Modernista seria utilizado como ventilação, e parte do Colégio Archidiocesano, que já está sendo avaliado pelos órgãos de patrimônio histórico, estão na rota prevista pela companhia do Metrô”.

Outra preocupação para a entidade é a construção de túneis entre as estações Santa Cruz e Chácara Klabin. “Conversei com urbanistas, e segundo o que eles me disseram, aquela área é formada por rochas. Para a abertura de novos túneis, seria necessário explodir o terreno rochoso, e isso pode gerar graves problemas para quem for vizinho da obra”, ressalta Baccan. A associação vai encaminhar a questão para analise do Ministério Público. “Não somos contra o Metrô, ao contrário, precisamos dele na cidade, mas queremos soluções viáveis que não interfiram na vida da população”, completa Baccan.

Durante a reunião de Maio da Agenda 21 Vila Mariana, o subprefeito Maurício Pinterich reconheceu que a expansão vai provocar mudanças drásticas e procura por soluções. “Percebi o desespero dos 366 desapropriados, que estão sem informações. Pretendo criar um canal de comunicação entre a população e a companhia do Metrô através de reuniões”, declarou o subprefeito. Os moradores publicaram estudos, resultados de audiências públicas e o acompanhamento da questão no site comitemauricioklabin.wordpress.com.
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O ESTADO DE SÃO PAULO – CADERNO CIDADES/METRÓPOLE – 20/05/2009

Carta na seção São Paulo Reclama – enviada pelo Sr. Missao Kakazu, morador da região.
O ESTADO CADERNO CIDADES 20 DE MAIO DE 2009

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Jornal do Webtranspo

Metrô de SP quer desapropriar área tombada
O projeto de expansão da linha 5-lilás do Metrô de SP (Capão Redondo-Largo Treze, que será interligada ao ramal Paulista) prevê a desapropriação de áreas protegidas pelo patrimônio histórico municipal na Chácara Klabin (zona sul).

Pelo plano, áreas residenciais arborizadas do bairro, cuja arquitetura modernista e padrão urbanístico remontam à década de 1940, darão lugar a poços de ventilação do metrô.

Moradores do bairro querem que o Metrô altere o traçado da linha para evitar que ela passe sob duas áreas. Uma delas, na rua Maurício Klabin, é tombada -integra a antiga propriedade do imigrante lituano de mesmo nome que originou o bairro; a outra é protegida, próxima à Casa Modernista, que é tombada. Construída em 1928, a Casa Modernista é considerada a primeira obra de arquitetura moderna no Brasil.

O Departamento de Preservação do Patrimônio Histórico diz que é possível demolir e construir em áreas tombadas e protegidas desde que haja autorização prévia do órgão, mas que ainda não avaliou o projeto.

O Metrô diz que as obras irão respeitar os limites para locais tombados e áreas envoltórias (a até 300 m do bem tombado) e que “não é possível alterar o traçado da linha, (…) resultado de projetos que têm como condicionantes raios mínimos e o posicionamento da estação Chácara Klabin”, onde já passa a linha 2-verde (Paulista).

Nas duas áreas protegidas, que somam 2.885 m2 (um terço de um campo de futebol) e estão separadas por cerca de 300 m, estão previstos dois dutos de ventilação da linha, entre as estações Santa Cruz e Chácara Klabin, que serão interligadas.

A Amavm (Associação dos Moradores e Amigos de Vila Mariana) propõe que, em vez das áreas protegidas, o Metrô utilize terrenos livres -cita como exemplo uma área a menos de 100 m de distância dos lotes da rua Santa Cruz que, embora esteja no perímetro protegido, é usada como estacionamento.

Alternativa

A proposta prevê substituir os dois poços de ventilação nas áreas protegidas por apenas um, em local intermediário.

Segundo o engenheiro de transportes Jaime Waisman, coautor do estudo de impacto ambiental da obra encomendado pelo Metrô, a distância entre os poços segue padrões internacionais de engenharia.

“É uma obra grande em uma cidade “pronta”. Há lugares que não há como não desapropriar”, diz Waisman. “É a tal história: não dá para fazer um omelete sem quebrar ovos.”

Na área tombada na rua Maurício Klabin existem casas de baixo gabarito (altura) e árvores que, segundo o tombamento em 2004, mantêm “características urbanísticas do loteamento original [década de 40], área verde, solo permeável e traçado [das vias]”.

Na rua Santa Cruz, parte do ambulatório do hospital Santa Cruz será desapropriada.

“Querem trocar áreas arborizadas, de valor histórico e urbanístico, por “áreas mortas'”, diz a arquiteta e urbanista da Amavm Clara Obelenes. “O metrô é necessário, mas queremos um ajuste fino”, diz ela, que apresentou a proposta da associação à prefeitura e ao Metrô. O assunto será debatido em audiência pública no dia 7.

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Folha de São Paulo – Caderno Cotidiano
Retire o pdf abaixo

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Jornal da Zona Sul – retire o pdf abaixo:

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… ou amplie as imagens abaixo:
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Linha 4 – Estação 3 poderes “apagada” do projeto na gestão Alckmin:

Folha de São Paulo
29/10/2005 – 11h52
Alckmin “apaga” metrô rejeitado por vizinho

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ALENCAR IZIDORO
da Folha de S.Paulo

Em meio à pressão de alguns moradores de classe média alta, a administração Geraldo Alckmin (PSDB) desistiu de construir uma estação do Metrô prevista há praticamente dez anos no projeto da linha 4-amarela (Luz-Vila Sônia).

O Estado afirma que a queixa da população foi somente uma das razões que pesaram para a decisão –mas não a determinante.

Diferentemente da maioria dos paulistanos, que reivindicam mais transporte coletivo perto de casa, parte da vizinhança de bairros residenciais como Instituto Previdência, Jardim Christie e Guedala, na zona oeste de São Paulo, avaliava que a estação Três Poderes, integrada a um terminal de ônibus, poderia causar alguns transtornos e descaracterizar a região –com a presença intensa de camelôs e tráfego de coletivos.

Inserida nos mapas da rede divulgados ao longo dos últimos anos e prevista originalmente para receber 50 mil passageiros por dia, ela foi excluída da segunda fase da linha 4 ao mesmo tempo em que houve a decisão de antecipar a obra da estação Vila Sônia.

A alteração de planos foi formalizada há um mês, sem alarde. Na avaliação da gestão tucana, a nova estação, programada para ser entregue até 2012, terá melhor função social –já que concentrará um grande terminal de ônibus e se tornará a mais movimentada da linha 4, com 150 mil usuários. Pelos projetos originais, ela só sairia do papel numa terceira fase.

Por outro lado, a exclusão da estação Três Poderes, na esquina da av. Prof. Francisco Morato com a Três Poderes, vai abrir um “buraco” de 2,4 km entre as paradas Butantã e Morumbi, a maior distância entre estações da linha 4.

Os técnicos do Metrô geralmente planejam uma distância de 1 km entre cada parada dos trens.

A linha 4 será integrada às linhas 1-azul (Norte/ Sul), na Luz, 3-vermelha (Leste/ Oeste), na República, e 2-verde, na Paulista, além da linha C da CPTM.

A primeira fase das obras deve ser concluída no final de 2008, época programada para entrarem em funcionamento as estações Luz, República, Paulista, Faria Lima, Pinheiros e Butantã. Com 12,8 km, elas devem receber mais de 700 mil passageiros por dia.

A linha terá sua operação concedida à iniciativa privada e, na segunda fase, está prevista a entrega das estações Higienópolis, Oscar Freire, Fradique Coutinho, além de Morumbi e Vila Sônia –antes seria a Três Poderes.

No local desta última, atualmente há tapumes do Metrô, mas para a instalação de um túnel de ventilação da linha sobre trilhos.

Ismael Molina, gerente de Planejamento de Transporte Metropolitano do Metrô, atribui as mudanças no sistema de ônibus da prefeitura como um dos fatores para a exclusão da Três Poderes.

Com a proposta de fazer um terminal de coletivos na Vila Sônia, estudos avaliaram que uma estação ali beneficiaria mais gente.

O custo inicial também será maior, porém a administração tucana diz não ter ainda detalhes.

Sobre as reclamações de alguns moradores contra a estação Três Poderes acompanhada de um terminal que levaria até 80 ônibus por hora ao local, Molina afirma não ter sido algo inédito –houve reação semelhante com a estação Jardim São Paulo, da linha 1.

“Não vou dizer que não pesou, mas não foi decisivo. A gente pesa, ouve a população, mas tem uma responsabilidade técnica a ser preservada. Não iria inviabilizar uma estação só por conta disso. Todos os fatores somaram.”

O Metrô, enquanto isso, já começa a receber reclamações de outros moradores insatisfeitos com a exclusão da Três Poderes.

Segundo Molina, a distância de quem mora lá até a estação Butantã ou Morumbi será de até 1,2 km –e quem morar a mais de 600 metros, em vez de ir a pé, deverá optar por integração com ônibus.

“Com estações mais próximas, há um atendimento muito melhor. Mas tem um custo operacional [para manter]”, diz Molina.

Segundo ele, a retirada dos ônibus integrados à Três Poderes –algo que já agradaria a vizinhança insatisfeita– tornaria a estação do Metrô muita vazia, com menos de 6.000 passageiros a por dia. A estação Sumaré, do ramal Paulista, recebe quase 8.000.

O gerente do Metrô afirma que a obra da linha 4 está sendo feita de forma que, no futuro, se algum governo quiser construir a Três Poderes, será possível. “Ela não ficará inviabilizada”, acrescenta.

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